sábado, 9 de outubro de 2010

Falecimento, não mais palco de ato de caridade cristã

Foi-se o tempo em que falecimento era um palco de ato de caridade cristã; nos tempos de hoje, os chamados tempos 'modernos', isso já não se apresenta mais com tanta eficácia. Pelo contrário, a morte simboliza nada mais, que mais um encontro entre pessoas que se conhecem; é o reencontro das famílias que se encontram distantes! O sentimento? Este foi junto ao ente querido (querido?), sei lá.
Óculos escuros, não mais disfarçam as lágrimas; mas sim a ausência delas!
É tudo muito refinado, tudo muito fingido... sinceridade? Pode até existir entre os pais do falecido, ou de um amigo... e só, os demais? Apenas cumprem o DOLOROSO papel, talvez com a confiança de que os outros também farão o mesmo, quando for chegada a hora, deste. 
Essa postagem por vezes foi deixada de escanteio, não considerava tão necessária. Meus ticos e tecos, foram acionados no percurso de um enterro, de um ente especial, de fato! Esse sentimento, infelismente não parecia ser o sentimento de todos... isso é triste, desencadeia nojo! O interessante é que a admiração pelo falecido sempre se faz presente, essa nunca deixa de marcar presença; pode ser quem for! Ah... era um menino tão bom! Não sei o que farei sem ela... Ele nunca fez nada de mal! 
Anos após, ou melhor dias... tudo acabou, talvez ele não fosse tão especial, ou ele não era tão bom... enfim, acabou!
O sentimento definitivamente não passa mais que uma espetacularização. Quem sente mais? Quem chora mais? Quem passa mais tempo lembrando? Ops... isso não, - Ele já foi, você tem que seguir em frente! Não pode ficar preso ao passado! - De fato, não podemos viver presos ao passado, como também não podemos omitir uma parte de nós mesmos, se caso representou algo, algum dia! É meio que contraditório, mas quem perdeu e sentiu a perda sabe oque estou falando!

Foi apenas um desabafo, sem intenção!
Um apelo, uma grito pedindo respeito, ao sentimento dos outros! Um viva à sinceridade! 

Nenhum comentário:

Postar um comentário