quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

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Se passaram mais ou menos 6 meses, EU REALMENTE ESTOU CURADO!
Sigo no meu ofício naturalmente, ops... Acho que atropelei um motociclista! Isso nunca havia acontecido antes, não foi nada grave. Estou de volta à minha casa, tentando entender como aquilo aconteceu. Não consigo encontrar explicações, eu não entendi nada. De repente, estava fora do carro, socorrendo o motociclista caído. Isso é muito estranho! A noite se aproxima e minha cabeça não entende nada, quase não posso dormir!
Mais um dia. Tudo se inicia normalmente. Estou voltando em casa, esqueci um documento em cima da mesa. Não acredito! Aconteceu novamente, estou fora do carro, levantando uma motocicleta que acabei derrubando. Como isso aconteceu? Novamente tudo se resolve rapidamente e volto para casa, definitivamente prefiro não dirigir novamente. Entrego meu carro à minha filha mais velha e procurarei um neurologista o mais rápido possível. Isso deve ter uma explicação.
Passaram-se dois dias, acabo de sair da consulta. O neurologista me passou uma ressonância magnética.
Hoje é sábado, peço para ser levado para passear enquanto minha filha mais nova chega da capital. Ela estuda lá. Nossa! O que está acontecendo? Por que vocês me olham diferente? Devo estar passando mal? Sou levado para casa. Não entendo nada! Meu lábio! Minha face! Minha língua parece pesada! Ela chegou! Seus olhos estão umedecidos! Ela não fala comigo! Estou sentado, esperando o que vai acontecer comigo. Estou sendo consultado no sofá da minha casa. Está tudo bem! As explicações chegarão quando o exame for feito! Uff!
Tudo está mais calmo, vou tomar um copo de água. Minha filha se encontra aos prantos, eu a abraço, mas, não consigo falar com precisão que tudo vai voltar ao normal. Mesmo assim, eu falo!
Tudo se encontra como antes, menos a minha fala. O dia termina a noite se inicia e finalmente acaba.
Hoje é domingo, vamos almoçar na casa do meu sogro. É aniversário dele! Mas, calma... Meu corpo está cansado, prefiro ficar em casa. Todos decidem ficar e almoçarmos juntos, em casa.
Está sendo servido o almoço, minha língua parece adormecida, eu não consigo pronunciar pequenas palavras, mas vamos em frente. Almoçar! Onde estão minhas forças? Não consigo agarrar o talher. Meus filhos me observam, vêem me alimentar. Não! Não, eu não suportaria isso! O que está acontecendo? Levam-me ao hospital, aguardo horas e horas. Finalmente sou chamado, está tudo bem. Só preciso tomar um soro e um novo medicamento. Graças a Deus, tudo voltará ao normal!
Bom dia! Mais um dia de trabalho, mas... O que acontece? Eu não consigo me erguer da cama. Senhor? Já escondestes minha fala, e agora? Minha força? Leva-me de vez, o que mais me falta?
Minhas filhas me erguem com forças que até eu duvido, eu peso 84 quilos. Elas devem pesar 50 e a outra 39. Como elas conseguiram? Estou sendo levado mais uma vez a um hospital, não ando; não falo! Apenas gesticulo... O suficiente para entregar os pontos à minha filha mais velha. Cuida de tudo!
Chegamos, todos me esperam, mas mal posso vê-los. Estou subindo o elevador em uma cadeira de rodas, certamente farei a tal da ressonância magnética e tudo ficará bem! Ops... O que é isso. Não! Não me coloquem aqui! Nããããão! Estou mais uma vez despido, estou na UTI. Estou sozinho!

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